Escrito por Zita Rocha
O método KonMari, desenvolvido por Marie Kondo, ganhou adeptos um pouco por todo o mundo. Defende que apenas os objetos que nos despertam alegria devem ficar – mas e quando tudo nos parece ser valioso demais?
Admito: tenho imensa dificuldade em livrar-me de peças lá por casa. Ainda que seja apologista da necessidade de reduzir ao máximo o ruído visual dos espaços em que vivemos para alcançar uma existência mais tranquila, a verdade é que nem sempre é assim tão simples. Os objetos carregam vida, memórias e vivências que vão muito além do seu propósito original.
Quando se torna impossível justificar o porquê de um bibelô se conjugar perfeitamente com todas as divisões em que o tentamos colocar, temos de encarar um facto muito simples: essa ligação não é mais material, mas sim emocional. O que eu procuro fazer é dar uma nova vida a esses objetos. Tenho em casa uns quantos móveis da Antarte que, pela importância que carregam para mim, vão sendo renovados e adaptados aos diferentes estilos do espaço que ocupam.
Quando o assunto é roupa, tenho uma sugestão ainda melhor: o charriot do desapego. Curiosas? Lembrei-me deste conceito quando reparei que o meu roupeiro não conseguiria acomodar mais nenhuma peça de roupa. Ainda troquei as cruzetas por outras mais finas numa tentativa de ganhar espaço e não ser obrigada a livrar-me de nada, mas em vão.
O truque é colocar num charriot as peças que raramente vestimos; se não as usarmos durante uma temporada, falharam o teste e já não podem voltar para o roupeiro. O passo seguinte é doá-las a quem mais precisa. Não é uma ideia brilhante? Assim, poupámo-nos à angústia de sermos forçadas a livrar-nos de uma peça que continuaremos a jurar que usaríamos um dia. O que me dizem a experimentar este meu método? Contam-me depois como correu?
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