Escrito por Zita Rocha
A pandemia global é um pesadelo do qual todos gostaríamos de acordar. Ainda que se sinta assoberbada com dicas sobre como melhor utilizar este tempo, não há por que se sentir culpada acerca da forma como escolhe gerir toda esta situação.
Por vezes, somos demasiado rápidos a julgar injustamente as atitudes e os comportamentos das pessoas à nossa volta, mas talvez concorde comigo quando digo que as críticas mais duras reservamos para nós mesmas. Muito se discutiu a problemática da saúde mental durante o isolamento a que todos fomos obrigados, mas arrisco a dizer que nem todos fizemos o nosso melhor quanto a vigiar o nosso próprio estado mental e a cultivar empatia em relação àquilo que conseguimos ou não alcançar neste período.
Quanto a mim, a minha distração é o meu trabalho apenas porque tenho a sorte de trabalhar no que amo. Existe na cultura japonesa um conceito chamado ikigai, a combinação da nossa paixão, vocação, profissão e missão no mundo – a nossa razão de ser. Ter tido a oportunidade de desenvolver novos projetos de decoração e apostar na minha formação através de um estudo mais aprofundado do feng shui durante a quarentena deixou-me verdadeiramente feliz e preenche-me a todos os momentos. Mas todos somos diferentes e encontramos paz em caminhos distintos. E ainda bem porque é aí que reside a força motriz que faz avançar o mundo.
Estamos a atravessar uma pandemia global e é humano sentir as consequências de uma realidade nunca antes vivida e francamente assustadora, portanto permita-se a isso. É injusto exigir mais de si quando o seu corpo e mente sinalizam que querem abrandar. Portanto, evite comparações e aproveite apenas este momento para se recentrar e, quem sabe, descobrir um novo escape para o stress do dia-a-dia.
Produtivo ou não, a preocupação máxima deve ser a de manter um equilíbrio entre aquilo que é esperado de si e aquilo que consegue dar.
TAGS
#slowliving #covid19 #bemestar #saudemental #stress #stressmanagement
1 Comment on “O bom, o mau e o Covid-19”