Escrito por Zita Rocha
Como ser mais ecológico nas nossas opções de mobiliário e design de interiores? É algo que me perguntam muitas vezes.
Há 3 aspetos a ter em conta e todos se prendem com o consumo consciente. A primeira é optar por materiais folheados em vez de madeiras maciças na escolha do mobiliário, a não ser que estas venham de florestas sustentáveis, como é o caso da Criptoméria, do Cedro e do Freixo. Questionar e perceber a proveniência dos materiais é uma atitude que cada vez mais consumidores têm relativamente a todos os produtos e ajuda-nos a sermos mais responsáveis nas nossas decisões. A utilização de plástico é possível e até recomendada, se este for resultado de um processo de reciclagem. Como detetei em Paris, na minha viagem para conhecer as últimas tendências no mobiliário e decoração à Maison & Objet, a criação de mobiliário e peças decorativas a partir de elementos reciclados é um movimento imparável e que está a ganhar fãs em todo o mundo. Conseguem-se efeitos espetaculares com estes materiais também.
Em segundo lugar, há que pensar de forma mais abrangente. Falo de tintas, colas, produtos de acabamento que são aplicados nos móveis que tantas vezes são feitos de forma altamente poluente e contra os quais é necessário lutar, fazendo opções mais ecológicas. Um exemplo perfeito é optar por tintas aquosas no acabamento de um armário. Com essa decisão já estamos a ajudar o ambiente, sem abdicar da qualidade dos materiais ou do look que pretendemos. A Antarte, por exemplo, sempre teve essas preocupações, nomeadamente com o tratamento dos produtos que são utilizados na produção dos móveis para evitar que contaminem o solo, tantas vezes para sempre.
Por último, troque as suas lâmpadas. O investimento inicial será compensado largamente a médio prazo. Em Portugal, estamos lentamente a fazer essa mudança desde há dois ou três anos, mas lá fora o caminho é inequívoco: o LED chegou para ficar – a durabilidade é incomparável – e é a melhor opção em termos de iluminação.
Cada vez mais temos de ser conscientes das consequências das alterações climatéricas e do nosso papel na sua evolução. Porque todos temos responsabilidade e queremos deixar um mundo melhor para quem vem depois de nós, é altura de agir. Começando por fazer perguntas.
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