Escrito por Zita Rocha
Mulher, matriarca, magnata. Podemos desempenhar um papel apenas ou talvez todos, mas ninguém pode negar: há algo de incrivelmente poderoso em ser-se mulher.
Falar sobre um espaço só meu levou-me a refletir sobre a fase em que me encontro e sobre o que foi preciso para aqui chegar. Como mulher, invariavelmente me deparo com a pergunta: como balanço a minha vida profissional e pessoal? Como seria bom descobrir uma estratégia infalível para dominar todas as áreas da nossa vida. Parece impossível, mas isso não nos impede de tentar. O poder da mulher reside nessa ambição desmedida que vem de nunca tomar os privilégios que conquistamos como garantidos.
Ao longo dos anos, houve momentos em que tive de enfrentar as consequências do ritmo alucinante em que vivia. Entre as exigências de um trabalho que tanto me apaixona, fui várias vezes relembrada da responsabilidade que tenho também para com a minha família – a de estar presente e sã. Uma tradição que fiz questão de manter com os meus filhos, e que pretendo preservar agora que sou avó, é a de cozinhar todos os jantares que se servem em minha casa.
Os meus conselhos? Nunca subestime a importância de cuidar de si mesma e da sua saúde. A organização cuidada do tempo, tarefas e espaços é fundamental para evitar imprevistos e confusões. Sempre que possível, delegue responsabilidades e tente evitar maus hábitos de microgestão, tão vezes contraproducentes. E o mais importante: seja realista com o tempo de que dispõe e não tenha receio ou vergonha de pedir ajuda. O meu sucesso profissional e familiar não teria sido possível sem a presença e disponibilidade dos meus pais e de outros tantos que fizeram parte da minha vida.
Nos momentos mais difíceis, que são inevitáveis, não se esqueça: falhar faz parte, não nos parte.
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