Escrito por Zita Rocha
Sou ávida defensora dos benefícios de destralhar a nossa vida, mas nem por isso posso negar que há algo de terapêutico na ocasional maratona de compras. Garanta apenas que a próxima é pela seleção nacional.
Cada vez mais é-nos exigido um consumo consciente e com razão. Cada euro gasto é um voto que fazemos, um investimento na entidade por detrás do produto. Não é por acaso que ouvimos falar de boicotes a determinadas empresas, marcas ou serviços e não devemos nunca duvidar do poder que temos guardado nas carteiras: a procura e escolha do consumidor determina a oferta. Seja por razões éticas ou morais, por suspeitas de condições desumanas de trabalho ou práticas insustentáveis para o ambiente, já não é incomum discutir entre amigos quais as opções mais conscienciosas para uma determinada compra.
Procura-se transparência nas empresas e quer-se apoiar os negócios que apostam na responsabilidade social e são autênticos na sua missão de contribuir para o desenvolvimento da sociedade, e não a sua deterioração. Esta é uma das muitas razões pelas quais me orgulho do nosso trabalho na Antarte, uma marca portuguesa que se alia a muitas outras empresas nacionais e que tem como principal preocupação o seu impacto no mundo, favorecendo sempre a escolha de materiais e procedimentos sustentáveis. Está longe de ser a única. São várias as marcas 100% portuguesas que estão a fazer um trabalho notável a promover os nossos produtos a nível internacional, com qualidade largamente reconhecida.
Infelizmente, nem sempre estamos dispostos a dedicar tempo e esforço a descobrir alternativas porque estamos acomodados com as nossas escolhas. Mas hoje é mais urgente investirmos na nossa economia, para que possamos sair desta situação ainda mais fortes. Pensem no quão bom seria sermos um exemplo internacional não só na luta contra o novo coronavírus, mas também na defesa da sobrevivência dos empreendedores portugueses, que tão rápido se adaptaram e criaram soluções para que, por exemplo, tivéssemos acesso imediato a material de proteção, como aconteceu com tantas empresas de têxtil.
Não sabe por onde começar? Existem grupos no Facebook, como o Compre Português ou o Reerguer Portugal, que poderão ajudar e o site Marcas Portuguesas reúne também alguns nomes. De resto, uma leitura atenta dos rótulos e uma breve pesquisa pela marca antes de comprar dirão tudo o que é preciso saber.
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Belo espaço. Ainda mais belo o artigo e a consciencialização de que comprando é ajudando o que é nosso também é fazer crescer a nossa economia e o nosso bem estar. Chega de mandar tanto dinheiro para fora e vamos ajudar os nossos artistas e as nossas empresas. Que nos dão trabalho e o bem estar da família portuguesa.